Sinopse:
Intimidar, reprimir. Garantir que a ditadura do Estado Novo se mantinha intocável e sem mácula de crítica. Eis o grande objectivo da organização que vigiava pessoas, abria cartas e correspondência, gravava conversas telefónicas, e que foi criando ao longo de três décadas uma tentacular rede de informadores pelo país.
Hoje podemos dizer PIDE sem medo, mas há trinta anos atrás não se falava desta organização de emudecimento da opinião, e da liberdade de expressão, de ânimo leve. Sabia-se dos presos políticos, das torturas, dos métodos de interrogatório, do absoluto poder de prisão e internamento dos que, de alguma forma, se manifestavam contra o regime. Mas sussurrava-se apenas.
Isabel Pimentel, historiadora e especialista em História Contemporânea, concretiza uma fundamental investigação sobre a organização que marcou a sociedade portuguesa, a sua mentalidade, e que ajudou a sustentar a longa ditadura de Salazar. Da fundação às ligações políticas, do alcance do seu poder à estrutura dirigente, esta obra permite-nos conhecer por dentro a instituição que a tantos silenciou. Vítimas os dissidentes? Vozes de liberdade ou opositores? A PIDE definia-os como: inimigos.
Um importante trabalho sobre a nossa história mais recente, a levar-nos aos calabouços da PIDE, aos meandros do poder político, ao lado mais negro da ditadura.

A Instituição Policial, Funções com o Estado
A PIDE/DGS e os seus principais adversários
Outros adversários/ vítimas da PIDE/DGS
Os métodos da PIDE/DGS
informação e os informadores
Da vigilância à investigação
As modalidades de tortura da PIDE/DGS
Mortos pela PIDE/DGS em Portugal
Da prisão ao julgamento
As prisões políticas
A vida quotidiana nos cárceres e o comportamento prisional
As medidas de segurança
Os julgamentos, os tribunais e a defesa dos presos